A Justiça do Estado do Amazonas vem decaindo a cada dia que passa, recentemente, o desembargador do Tribunal de Justiça do AM (TJAM), Elci Simões de Oliveira, foi afastado do cargo por suspeitas de estar envolvido em uma retirada milionária de quase R$ 150 milhões da Eletrobrás.

Elci é um dos alvos da operação coordenada pela Polícia Federal no Distrito Federal, com apoio de agentes locais do AM, que aconteceu na segunda-feira (24). O desembargador é suspeito de permitir a realização da retirada milionária dos cofres da Eletrobras. Hoje, Elci foi afastado do cargo que ocupava e teve seu gabinete interditado. O juiz Jean Pimentel também é suspeito e está sob investigação junto com o desembargador.

GOLPES EM FAMÍLIA

Os escândalos envolvendo a família Simões não param por aí, de acordo com informações que chegaram a nossa reportagem, o filho do desembargador afastado, o advogado Elci Júnior, é famoso por “negociar sentenças” em troca de propina.

De acordo com a fonte, que preferiu não se identificar, Elci Júnior e seu pai, usam de seus “poderes” dentro da Justiça do Amazonas para burlar decisões judiciais em favor a aqueles que desembolsam grandes valores para permanecer “livres”.

A família atua em casos e caso o acusado decida por “ter uma sentença mais rápida”, Elci Júnior move seus “pauzinhos” e converte a decisão em favor ao seu/sua cliente.

Essa situação só reforça que a Justiça do Amazonas anda de mãos dadas com o mau-caratismo e o descompromisso com a Lei. O favorecimento de sentenças para aqueles que tem grande poder aquisitivo corrompe qualquer validade que o povo tem na Justiça.

A Justiça deveria andar lado a lado com a ética e a moral. Valorizar e por sempre a verdade em primeiro lugar. A venda de sentenças é um crime que deveria ser investigado a fundo pelos órgãos responsáveis. Colocar pessoas que põem a ganancia acima da Lei para tomar decisões dentro de grandes Tribunais comprova que o Amazonas está perdido e totalmente corrompido.

ESCÂNDALOS

Recentemente, outro escândalo deixou a família Simões no foco da mídia e da Polícia. Um ex-assessor do desembargador Elci Simões, que também trabalhava com Elci Júnior, foi preso suspeito de furtar R$ 50 mil do advogado.

O assessor foi identificado como Ricardo Almeida Campelo, ele foi preso após ser acusado de ter furtado os R$ 50 mil de Elci Júnior, para pagar uma dívida de R$ 38 mil reais.

De acordo com informações dadas pelo portal Rios de Noticiais, Elci Júnior teria pedido que Ricardo “guardasse” o valor de R$ 50 mil em sua casa, pois, tinha medo de ser assaltado, já que estaria viajando e o dinheiro ficaria em sua residência.

Ricardo, então, guardou a quantia. Tempos depois, a casa do assessor teria sido “furtada” e o valor, mais alguns pertences pessoais do assessor do desembargador, teriam sido roubados. Com o andar da investigação, a polícia concluiu que Ricardo “forjou” um arrombamento em sua casa e usou o valor para quitar dívidas.

Confira o documento na íntegra clicando aqui.

O que chama atenção, é que na última sexta-feira (21), mesmo dia em que o desembargador Elci Simões foi afastado do cargo, Ricardo apareceu em um vídeo expressando temor por sua vida e pediu proteção das autoridades.

“Se acontecer qualquer coisa comigo, se eu for morto ou algo do tipo, a grande responsabilidade é deles. Eu nunca fiz mal a ninguém e estou sendo perseguido por algo que não fiz”, disse.

Ao que parece, existem muitas coisas por trás da família Simões. Supostas vendas de sentenças e envolvimento em retiradas milionárias são apenas a ponta desse iceberg.